HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO CMER

HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO CMER


O Centro Municipal do Ensino Rural Francisca Maria da Silveira Santos,foi criado através do Decreto nº 002/2000,de 09 de junho de 2000,com o objetivo de prestar acessoria técnica,pedagógica e administrativa às 13 Unidades de Ensino distribuídas na zona rural deste município,as quais oferecem Educação Infantil,Ensino Fundamental I e a modalidade de Eucação de Jovens e Adultos atendendo a uma clientela de aproximadamente 400 alunos.
O CMER,atualmente encontra-se sediado em uma das salas do prédio da Secretaria Municipal de Educação,dispondo de uma equipe técnico-adiministrativa composta de: 01 diretor,01 vice-diretor,01 coordenador pedagógico,um supervisor,01 secretário e 01 auxiliar de secretaria,além de um quadro docente de 26 professores, distribuídos nas Unidades de Ensino,sendo que a maioria possui habilitação em Magistério (Ensino Médio) e alguns cursando Licenciatura em Pedagogia.
Desde 2009 o CMER,tem procurado concentar suas ações no sentido de garantir uma educação de qualidade às crianças,adolescentes,jovens e adultos da zona rural,para tanto adotou a metodologia do Programa Escola Ativa,que embora ainda não esteja totalmente interiorizada já é perceptível as mudanças significativas na prática docente de sala de aula.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Tecnologia

Ensinar com ajuda da tecnologia

Como recurso didático ou simplesmente para facilitar o trabalho do professor, elas não podem mais ser ignoradas


Foto: Marcos Rosa
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"Não se pode cobrar das escolas um bom desempenho se elas estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais."

É preocupante a desatenção de muitas escolas e redes de ensino com a necessidade de modernização dos recursos para educar. Muitos professores acabam buscando isso por conta própria, como é o caso de Luciana, jovem professora da Região Sul, leitora de NOVA ESCOLA. Inconformada com os cadernos de chamada e de diários repetidamente preenchidos a mão, ela usa computador e impressora para simplificar a tarefa. Além de assim realizar afazeres administrativos, ela leva para a classe alguns materiais mais atualizados disponíveis na internet, mas não em sua escola.

Há alguns anos, insistir nessa modernização seria uma fantasia, em face de custos inaceitáveis dos equipamentos e carências tão mais graves. Mas os tempos e os preços mudaram e não se justifica continuar a sobrecarregar quem ensina com a manutenção de práticas anacrônicas, que já estão sendo substituídas até mesmo na loja da esquina. Se é possível facilitar a vida de alfabetizadoras com um par de turmas, que dizer de especialistas que têm mais de uma dúzia de salas e centenas de alunos e passam fins de semana sacrificados, transcrevendo notas ou executando outras tarefas cansativas e repetitivas, mas indispensáveis? A simplificação da rotina docente, no entanto, é somente a mais elementar das razões para o emprego das tecnologias da informação no ensino.

Para o uso pedagógico, há diversos recursos também muito simples, que não exigem o acesso à internet em banda larga, e podem ser utilizados com grande vantagem. Basta se lembrar das centenas de DVDs de interesse artístico, científico, geográfico ou histórico. Custando menos do que um sanduíche cada um, eles poderiam constituir o acervo de videotecas em muitas escolas para o uso em sala de aula ou o empréstimo para alunos e professores. Se for difícil manter aparelhos eletrônicos como computadores e televisores em cada sala, há algumas alternativas, como materiais portáteis, de uso coletivo, desde que haja a consciência da necessidade ou do interesse, é claro!

Os sistemas de comunicação evoluem com extrema rapidez e essa dinâmica é parte da vertiginosa modernidade em que estamos imersos. Não podemos nos deslumbrar com essas novidades ou ficar apreensivos pelo perigo de que substituam nossa função de educar. Mas não devemos ignorar as possibilidades que eles abrem para aperfeiçoar nosso trabalho, como o acesso a sites de apoio e atualização pedagógica ou a programas interativos para alunos com dificuldades de aprendizagem.

Faltou mencionar a razão mais importante para os professores utilizarem essas tecnologias: seus alunos já fazem ou logo farão uso delas! Instrumentos de comunicação e lazer, elas são parte da vida dos jovens - e os que ainda não dispõem delas se ressentem dessa falta. Sempre que podem, disputam lugares em lanhouses existentes em praticamente todas as cidades brasileiras. Por isso, é provável que muitos dos seus alunos segurem o lápis com menos desenvoltura do que manuseiam um mouse, passem as tardes debatendo no MSN questões pessoais com amigos distantes e usem com mais frequência o código do correio eletrônico do que o CEP de sua casa.

Há escolas que montaram a famosa "sala de informática", mas a mantiveram fechada até que os equipamentos se tornaram obsoletos - também há quem proponha logo um notebook para cada aluno, o que talvez não se justifique, pois há notícias de progresso inexpressivo na qualidade do ensino em lugares onde esse investimento foi feito. É preciso saber disso para não alardear milagres tecnológicos, especialmente se desacompanhados de programas de formação, mas não se pode cobrar das escolas um bom desempenho se elas estiverem décadas atrás do que já se tornou trivial nas práticas sociais.

Luis Carlos de Menezes (pensenisso@abril.com.br) é físico e educador da Universidade de São Paulo (USP).

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